Sopa de letras

O primeiro e mais recente post da Dória - www.amorenatal.blogspot.com - obrigou-me a remexer nas minhas poeirentas estantes, ainda em casa dos papás, em busca desta pérola que há muito tinha esquecida. (Ainda bem que há uns meses, armada em bibliotecária, organizei tudo por tema e ordem alfabética de título!)

Uma divertida dissertação tipográfica retirada do (quem diria!?) «Pão com Manteiga 2», uma selecção de texto do programa homónimo na Rádio Comercial, que já data de 1981:

«Deite-se um litro de sal num tacho médio sem fundo e acrescente-se água dura q.b.
Ferva e deixe arrefecer.
Repita a fervura tantas vezes quantas necessárias até obter a quantidade inicial de água.
Previamente devem recortar-se muitas letras dum jornal semanário, algumas para decalcar e duas letras a 90 dias.
Evite as letras gordas, prefira as médias que são mais tenras e nunca use tipo gótico porque têm tendência a insinuarem-se entre os dentes.
Polvilhe-se a infusão e sirva-se salteada em marmita de alumínio para os lados da Penitenciária.
Coma exclusivamente letras minúsculas, deite fora as maiúsculas e sorva ruidosamente o caldo.
A sopa de letras não leva pontuação.»

Obrigada Raquel!